sábado, 10 de janeiro de 2015

Um dia de domingo no ABC FC

São 7 horas da matina e o alarme do relógio digital apita da maneira sutil que lhe é peculiar, afinal, é domingo e, ao contrário dos demais dias da semana, não preciso acordar 1 hora antes pra me preparar para a rotina de atividades físicas e trabalho, não necessariamente nessa ordem. Fico um pedacinho na cama e acordo pra tomar o café - na verdade um copo de leite, não costumo comer muito de manhã.

Hoje é dia de Frasqueirão. O ABC joga mais tarde, as 16 horas em um jogo válido pelo Campeonato Estadual. Na verdade, nem é o time principal do Mais Querido, que jogou ontem contra o Náutico Capibaribe nos aflitos, em jogo válido pela Série B. É um time sub-22, formado basicamente por atletas das cat. de base que estão disputando a fase classificatória do Campeonato Estadual, que agora é disputado em paralelo ao Campeonato Brasileiro para manter os clubes do interior em atividade. Os clubes inseridos nas Séries A e B do Campeonato Brasileiro, como é o caso do ABC, disputariam os torneios domésticos obrigatoriamente com equipes sub-22, uma forma de fomentar e revelar atletas.

Pois bem, voltando a minha rotina, acordo minha filha e digo que é hora de ir ao ABC. Ela fica toda animada, afinal, o Mais Querido construiu uma estrutura modesta de equipamentos e restaurantes para fazer com que o Sócio-Torcedor chegue cedo ao Complexo Vicente Farache e desfrute de um belo dia, recuperando as energias pra semana que começa.

Enfim, levei minha esposa e minha filha pra sede do ABC e chegamos por volta das 9h:30. Por sorte, conseguimos uma mesa perto da piscina. Como toda criança que se preze, a pimpolha vai logo correndo pra piscina. Minha patroa fica na vigilância enquanto me dirijo ao campo pra ver se consigo uma vaga no time de futebol society. Infelizmente a concorrência era grande, então resolvi dar um trote na pista de corrida que fica lá no campo de treinamento, onde haviam outros associados correndo. Corri uns 20 minutos e logo voltei pra piscina, para cuidar da menina e tomar um belo mergulho. Da piscina, a gente se dirigiu a praça da Alimentação do Módulo 1, onde almoçamos em uma filial de um restaurante self-service famoso da cidade. 

Barriga cheia, ainda assim não deu muito tempo pra descansar porque a danada da minha filha queria ir pro parquinho brincar. E lá fomos. Paralelo a isso, rolava um pagode lá no Módulo 2 e havia uma boa muvuca regada a muita cerveja e churrasco. Mesmo assim o tempo passou rápido e já eram 15:50.

Então chegou a minha vez de me divertir. Levei minha esposa e minha filha pro Módulo 3, onde tinha sombra e podemos assistir o sub-22 do Mais Querido jogar contra o Potiguar de Mossoró, em jogo que valia a liderança do Estadual. Havia cerca de 5 mil torcedores, um público bom em se tratando de uma competição onde o ABC não jogava com seu time principal. Estimo que mais da metade deles estavam no ABC desde as primeiras horas da manhã, se divertindo e curtindo a vida.

Ao final do dia, fomos premiados com uma vitória apertada dos garotos por 1x0, num jogo duríssimo que valeu a liderança no Campeonato Estadual e encerrou bem o fim de semana futebolístico, porque no sábado anterior o ABC conseguiu uma vitória épica contra o Náutico e assumiu a liderança na Série B, dando um passo fundamental para obter o tão esperado e sonhado acesso à Série A.

Quando vou me dirigindo ao carro, infelizmente escorreguei na arquibancada e caí tão feio que, acordei no chão depois de um enorme tombo da cama e ver que tudo não passou de um sonho.

E aí no dia seguinte entro na internet e vejo uma notícia de um dirigente chamando de falsos ABCdistas torcedores que estavam no Facebook dizendo que tinham saudades quando havia no pré-jogo do Frasqueirão uma movimentação no Módulo 2 regada a pagode e bebida e que queriam que o clube tivesse vida social, e que o Sócio-Torcedor deveria ter direito a algo mais do que um mero acesso ao jogo.

Gustavo Lucena
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